amy vence grammy


Grammy premia Amy Winehouse em noite que Tina Turner mostra que ainda sabe dançar no seu salto alto rivalizando com a jovem Beyoncé.

A cantora inglesa Amy Winehouse estava em Londres; não pôde viajar a Los Angeles para a entrega do Grammy – seu visto foi negado pelo governo americano por ela já ter sido presa por posse e consumo de drogas. Mesmo ausente, porém, foi a grande vencedora da cerimônia de premiação na noite de domingo, no Staples Center, ganhando em cinco das seis categorias para as quais havia sido indicada.

Amy, de 24 anos, participou da cerimônia via telão de Londres. Causou uma onda de risos irônicos ao interpretar Rehab, um de seus maiores sucessos que, em determinado momento, diz ‘Eles querem que eu vá para uma clínica de reabilitação, mas…’, e em seguida, You Know I’m No Good (Você sabe que eu não presto). No fim, agradeceu pelos prêmios, se disse surpresa por ter ganho em cinco categorias – canção, gravação, revelação, álbum pop-vocal e melhor cantora. ‘É realmente uma pena que eu não possa estar aí para receber os prêmios, mas estou feliz de participar, mesmo de longe, ao lado de meus amigos e familiares’, disse.

Faltou para Amy apenas a vitória na categoria melhor álbum, que ficou com Herbie Hancock, por River: The Joni Letters, um impressionante trabalho de criação musical a partir do universo da cantora norte-americana Joni Rivers. Foi a grande surpresa da noite, numa categoria em que concorriam, além de Winehouse, artistas como Kanye West e a banda Foo Fighters. Hancock lembrou que desde 1965 um disco de jazz não vencia a categoria – o último havia sido Getz/Gilberto, de Stan Getz e João Gilberto – e arrancou aplausos ao evocar o lema da campanha de Barack Obama, que luta pela indicação democrata à vaga na disputa pela Presidência norte-americana: ‘Este é um novo dia, que demonstra que o impossível pode ser possível. Sim, pode.’ O próprio Obama, a propósito, saiu com um prêmio, o de melhor audiobook, com The Audacity of Hope: Thoughts on Reclaiming the American Dream – ele competia, na categoria, com os ex-presidentes Bill Clinton, marido de sua concorrente na disputa democrata, e Jimmy Carter.

Kanye West chegou ao Staples Center com oito indicações e saiu com quatro – melhor álbum de rap para Graduation; canção de rap com Good Life, atuação de duo ou grupo por Southside e atuação-solo em rap por Stronger. Justin Timberlake foi escolhido melhor vocalista pop masculino por What Goes Around… Comes Around; Ringo Starr recebeu prêmio para o CD Love; Bruce Springsteen, fora das categorias principais, ganhou nas categorias melhor atuação em rock-solo, atuação em rock instrumental e canção de rock por Radio Nowhere.

Alejandro Sanz, Juan Luis Guerra, Calle 13, Black: Guayaba y Los Tigres del Norte levaram prêmios nas categorias de música latina. Os brasileiros Gilberto Gil, Céu e Bebel Gilberto perderam o prêmio Grammy para o qual seus álbuns Gil Luminoso, Céu e Momento haviam sido indicados. O escolhido para melhor disco de World Music foi Djin Djin, da cantora africana Angelique Kidjo. A música da animação Ratatouille foi escolhida como melhor trilha sonora.


Um número chamou a atenção de representantes de todas as gerações: Beyoncé e Tina Turner arrasaram ao dividir o microfone em “Proud Mary”, um hit do Creedence Clearwater Revival. Ao lado da morena, Tina arrepiou com sua dança.

Fonte: Estadão e Globo Online